segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Quatro dias antes do UFC, Mineiro afia seu boxe com Bruno, do KLB

Quatro dias antes do UFC, Mineiro afia seu boxe com Bruno, do KLB


Com quatro dias restando para o UFC On FX 7, também conhecido como UFC São Paulo, os atletas que lutarão no evento já entram na preparação final para seus respectivos combates. Atleta da Chute Boxe/Macaco Gold Team, Lucas Mineiro (12-0, foto) vem trabalhando pesado para encarar Edson Barboza (10-1) em uma das lutas mais esperadas do card preliminar do evento.
Oriundo do Muay Thai, assim como Edson, Mineiro vem trabalhando pesado sua trocação com nomes como Thomas Almeida (10-0), Allan “Puro Osso” Nascimento (7-0), Leandro “Buscapé” Silva (10-0-1), Marcos “Babuíno” Santos (16-11) e, entre outras feras, o membro da banda KLB, Bruno Scornavacca (1-0).
Especialista em boxe, Bruno está auxiliando Mineiro para sua preparação na área da nobre arte. Em sparring específico realizado hoje na academia Chute Boxe, os atletas trocaram firme com luvas de 16 onças, preparando o lutador do UFC para uma possível troca de socos contra Edson, conhecido por seus chutes acrobáticos.
Bruno estreou no MMA em dezembro de 2012, finalizando Diego “Ramones” Mercúrio com um mata leão no segundo round do combate principal da primeira edição do Fair Fight, realizado na casa de shows da Via Funchal, zona sul de São Paulo.

Bruno KLB dispara contra críticos: ‘Estou cagando e andando para eles’




Bruno finalizou adversário em sua estreia no MMA (Foto Marcelo Barone)
Os palcos e microfones terão que dividir as atenções com a luva e o protetor bucal. Depois de estrear no MMA, Bruno Scornavacca, integrante da banda KLB, decidiu conciliar as duas atividades e já conta as horas para retornar ao cage. O lutador, que derrotou Diego Ramones, no Fair Fight, em dezembro do ano passado, acredita que sua próxima atuação será melhor por ter “travado” em seu debute.
Em entrevista à TATAME, Bruno declarou que não está preocupado com o que os críticos acham de sua nova ocupação e espera lutar outra vez até junho. “Para os críticos, no português claro, estou cagando e andando (risos)”.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Após a estreia, dá para dizer que você tomou gosto pelo MMA?
Tomei. Eu falava que faria uma luta para ver o que achava, mas sabia que seria como um vírus. Sempre treinei pesado, comecei com o Macaco. Tenho gosto pelo esporte, amo o MMA, mesmo antigamente, quando eu ainda não era profissional. Gostava de estar nos eventos, ficar junto dos meus amigos atletas… Agora, estar dentro do esporte, ajudando, é maravilhoso.
Vai conciliar a carreira de lutador profissional e músico?
Sim. Tirei duas semanas de descanso depois da luta, voltei a fazer sparring, a treinar e, quando surgir uma oportunidade, no máximo no início de junho, estarei lutando de novo. O Fairt Fight mostrou interesse, antes mesmo de estrear eu havia sido procurado pelo Alex, do Predador. Agora é estudar as propostas e partir para cima.
O fato de ter vencido quebrou a “barreira” que os críticos colocavam ao falar de você?
Sinceramente, não estava preocupado com isso. Queria me focar, porque não é uma brincadeira. Essa é uma situação que não aceita desaforo, que não dá para se aventurar. Tem que praticar, saber o que está fazendo e se concentrar. Nem Jesus Cristo agradou a todo mundo, quem sou eu para agradar? Nem quero. Estou para curtir e fazer o que tenho vontade. Acredito que tenha dado uma quebrada nessa barreira para as pessoas que não me conheciam, que perguntavam se eu lutava mesmo. Para os críticos, no português claro, estou cagando e andando (risos).
Acredita que a próxima luta será mais fácil por não ter o peso de uma estreia?
Com certeza. Peguei um atleta muito experiente nas lutas. Apesar do cartel de quatro lutas e quatro derrotas, ele só pegou pedreira e tem vários títulos no Muay Thai e no caratê Kyokushin, não é um cara bobo. Treinei para lutar como se fosse contra o Anderson Silva, no meu modo de dizer. Treinei o máximo que pude para evitar surpresa. Não estava nervoso, mas estava com medo de me expor e, por ser uma estreia, de levar um golpe e sentir. Não sabia minha reação em cima do octógono. No treino a gente sai na mão, chega até a tomar nocaute, mas lá é diferente. Na luta tem a galera toda, a favor ou contra, e isso conta demais. Sei que travei, não soltei meu jogo em pé, mas me senti bem em casa no chão. Fiquei até surpreso com isso.
Agora que você decidiu que dará continuidade a sua carreira de lutador, o UFC passa pela sua cabeça?
Acho que é muita areia para o meu caminhãozinho. Como estou fazendo por curtição, não vivo do MMA, acabo nem pensando. Mas é o sonho de quem luta. É claro que se eu for melhorando, me aperfeiçoando, crescendo na carreira e vencendo, quem sabe um dia não estarei lá? Por enquanto só penso em lutar aqui, mas, se pintar, com certeza vou de braços abertos, sorrindo e feliz para caramba (risos).